segunda-feira, 7 de setembro de 2015

História I

Escolarização, Espaço e Tempo na Perspectiva Histórica : Memórias e Identidades. De: Simone Valdete dos Santos.


Esse texto proposto para o primeiro encontro tem várias definições e conceitos como:

Recordar é viver - O ditado popular que nos mostra a capacidade de lembrar está vinculada às nossas vivências, que lembramos situações mediante nossas experiências imediatas. 
A afirmação de Ecléa Bosi reforça esclarece: “A lembrança é uma imagem construída pelos materiais que estão agora a nossa disposição, no conjunto de representações que povoam nossa consciência atual”(1983). Já, Norbert Elias evidencia: "Cada ser humano, partindo de um ponto único dentro da sua teia de relações, percorre através de uma história única um caminho ao encontro da morte." (1993, p.40).
Que recordar é viver, certamente, porém o texto busca que o leitor pense sobre a relação de uma memórias individuais e as memórias coletivas. Quando sita uma canção que pode evocar memórias de toda uma geração e como uma imagem para determinado povoado
 A memória coletiva pode assumir vários significados entre pessoas de mesma idade, de mesmo sexo, moradoras de determinado lugar, ativistas políticos de um mesmo grupo, entre outras múltiplas possibilidades de articulações. 
E quando fala em articulações acho que o texto entra no confronto das várias formas de informação e a velocidade que hoje se tem uma informação. Qual a sua origem? a versão é verdadeira? quem viveu isso ou aquilo? O texto busca a ideia de valorizar a quem viveu a história e que conte sem a interpretação de terceiros. “Teme-se que a cultura de massa empobreça ‘nossas memórias originais’ e que uma versão mais homogeneizada tome seu lugar. 

"Não recordar é viver. - A memória é seletiva sim e  algumas lembranças devem ir ao esquecimento, recordar pode trazer muito sofrimento para um indivíduo ou para um grupo em determinadas situações e o ato de "esquecer" corresponde à resistência, a sobrevivência do grupo diante das mágoas vividas. 

"Recordar é ser"  As memórias sacramentam a existência e o pertencimento a determinado grupo, com seus rituais, seus costumes, seus credos, sua etnia própria. 
Para Rousso (2000) a memória é: "uma reconstrução psíquica e intelectual que acarreta de fato uma representação seletiva do passado, uma passado que nunca é aquele do indivíduo somente, mas de um indivíduo inserido num contexto familiar, social, nacional. Portanto toda memória é, por definição, ‘coletiva’, como sugeriu Maurice Halbwachs. Seu atributo mais imediato é garantir a continuidade do tempo e permitir resistir à alteridade, ao "tempo que muda", às rupturas que são o destino de toda vida humana; em suma, ela constitui - eis uma banalidade - um elemento essencial da identidade, da percepção de si e dos outros. " (p.95, grifos meus)

A memória se produz a todo instante e esta em constante produção de registros que serão memórias individuais ou coletivas, estão após em um processo de lembrar e esquecer, de constituir identidades, de registrar as lembranças e valorizar os registros, que garantira o SER político e social, a ponderando para diversas possibilidades e entendimentos sobre a vida.  

O texto traz a caminhada dos  profissionais da educação e a importância de escreverem sobre suas lembranças, seus processos de construção de formação contínua dos professores. O processo de “olhar para si”  “olhar e constituir” o seu objeto.


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