segunda-feira, 28 de maio de 2018

Vigostsky - ZDP





Bom dia Pessoal...

Nada com um dia de folga devido a greve para colocar alguns estudos do PEAD em dia

E fechando a sintese de Linguagens, achei interessante falar um pouco sobre Vigostsky

Vygotsky desenvolveu várias teorias, contudo mostrou em seus estudos a importância da integração social, como fonte do conhecimento, a teoria se baseia na interação do indivíduo com o meio social e até onde ele pode avançar no seu desenvolvimento atual e como pode avançar com a ajuda de outros indivíduos, assim denominou a capacidade de realizar tarefas de forma independente de nível de desenvolvimento real, que determina até onde o indivíduo já chegou, mostrando as etapas já conquistadas. Percebeu assim que o indivíduo poderá ir um pouco mais além se desempenhar tarefas em nível mais avançado com a ajuda de adultos ou de companheiros com maiores capacidades. Evidenciando que não é qualquer criança que pode, com a ajuda de outros, realizar qualquer tarefa. A capacidade de realizar determinada tarefa com a ajuda de outros ocorrerá dentro de um certo nível de desenvolvimento individual. A partir dos níveis de desenvolvimento, o real e potencial que Vygotsky define a zona de desenvolvimento proximal:
(...) a distância entre o nível de desenvolvimento real, que se costuma determinar através da solução independente de problemas, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através da solução de problemas sob a orientação de um adulto ou em colaboração com companheiros mais capazes. (VYGOTSKY, 1984, p. 97).
Então, a zona de desenvolvimento proximal (ZDP) é a distância entre o nível de desenvolvimento real, determinado pela capacidade de resolver um problema sem ajuda, e o nível de desenvolvimento potencial, determinado através de resolução de problemas com a orientação de um adulto ou em colaboração com outro companheiro. Assim a mediação auxilia a criança a desenvolver novos conhecimentos para resolver problemas e assim aprender, sendo o professor o principal mediador e responsável no desenvolvimento do aluno, utilizando os signos (significante + significado) compartilhado em sociedade, assumindo assim a ação no ponto onde no curto espaço de tempo ocorrerá a interação professor-aluno para que haja uma elo para atingir os mais altos níveis e o aluno progrida do seu intelecto.

sábado, 5 de maio de 2018

Planejamento de Ensino

Olá pessoal....


Na disciplina de didática estamos estudando um pouco sobre como funciona a arte de ensinar planejando, temos um formula? 

No texto sugerido como leitura PLANEJAMENTO DE ENSINO: um ato político-pedagógico de Rays (2000) se destaca cinco principais momentos que devem ser  refletidos a nossa prática em sala de aula.

Escola e realidade social

Retrato sociocultural do educando

Objetivos de ensino-aprendizagem e conteúdos de ensino

Procedimentos de ensino-aprendizagem

Avaliação da aprendizagem

Os cinco momentos citados pelo autor fazem parte de um conjunto para o ato de planejar consciente e concretamente na escola. No texto não vamos achar uma formula mágica como todo professor sonha mas estabelece pistas para o sucesso no processo educativo, um ato político-pedagógico.
O autor começa falando "Escola e Realidade social" que tem como principais ideia o planejamento do ensino que diz respeito à escola e às suas relações com a realidade social para a qual a ação pedagógica será planejada,  que está é etapa indispensável da atividade educativa e política, que fornecerá elementos concretos para o desenvolvimento do processo de ensino e de aprendizagem e assim nos faz repensar o tão falado PPP de nossas escolas que por muitas vezes é um documento de gaveta que não reflete nado sobre nossos alunos.
Seu segundo ponto é "Retrato Social do Educando" onde o autor ressalta a importância do retrasociocultural e da história onde a escola está inserida e da importancia de pensar as ações para aquele contexto e o envolvimento de todos da comunidade escolar, pois este envolvimento traz a percepção critica do educando, o faz ser pertencente no desenvolvimento de uma prática, onde o professor não tenha o medo de assimilar a realidade de elabora e recriar a ação, pois este ato é a própria aprendizagem pois faz algo concreto ser significativo.
Em seu terceiro momento fala dos "Objetivos de ensino-aprendizagem e conteúdos de ensino" diferenciando bem que objetivos são a assimilação, elaboração e recriação do saber e os conteúdos programáticos das disciplinas curriculares são definidos num só momento e devem ser repensados durante todo o desenvolvimento, ressalta que nesta etapa nunca devemos esquecer do momento histórico-cultural para que nossas vivencias sejam significativas de acordo com o que a sociedade esta vivendo.
O quarto momento "Procedimento s de ensino aprendizagem" traz mais a questão da organização do trabalho, onde nos professores temos que ter a responsabilidade de organizar procedimentos didáticos eficazes do ponto de vista do ensino e aprendizagem, onde a qualidade formativa seja um desafio permanente, como se fosse um desequilíbrio entre sentir, compreender, desejar a verdade e refletir.
 E no quinto momento fala da "Avaliação da aprendizagem" onde está entre os componentes do trabalho pedagógico é segundo o autor a mais discutidos na atualidade, pois sua relevância para o desenvolvimento e diagnóstico permanente do processo de ensino aprendizagem, com vistas ao seu replanejamento e, consequentemente, à sua melhoria. Coloca que o ato de avaliar não pode ser confundido com o de medir, a assim surge, portanto, na história da escola com o objetivo formativo de julgar os progressos, as dificuldades e as inquietações que marcam o processo de aprendizagem e, não, com o objetivo de medir o conhecimento.


Portando, o autor, deixa como visão, o ato do planejar pedagógico é:
"uma ação pedagógica  em que o mundo educacional e o mundo social não se separam jamais - no qual se espera do educador coerência entre o seu pensar e o seu agir. Não é, portanto, uma ação feita ao acaso, arbitrária, mas um guia flexível de intenções - políticas e formativas - para o desenvolvimento de situações didáticas específicas. É nesse sentido que os atuais modelos de planejamento de ensino precisam ser superados criticamente e temporalizados pelo educador-planejador, visando, com isso, ir além de sua natureza tecnocratizada." 

Referência:
RAYS .  Planejamento da Ação Pedagógica, publicado na Revista Espaço Pedagógico. Passo Fundo: v.3, n.1, 1996.  

sexta-feira, 4 de maio de 2018

Interdisciplinariedade/ Saberes integrados/ Fragmentação do conhecimento!

Olá pessoal...

Então o que é Interdisciplinar? segundo o amigo Google "é um adjetivo que qualifica o que é comum a duas ou mais disciplinas ou outros ramos do conhecimento. É o processo de ligação entre as disciplinas."

Mas será que é só isso? 


Com base nos textos de Hilton Japiassu e  Jurjo Torres Santomé propostos na disciplina de Didática, estudamos um pouco sobre os saberes integrados, as fragmentações do ensino e as necessidade econômicas que vem nos acompanhando e mexendo com a forma de ensino em um contexto histórico.


Com base nos textos de Hilton Japiassu e  Jurjo Torres Santomé percebemos que a grande conexão entre as leituras é o nosso sistema capitalista  que regida pelos grandes acumuladores de riquezas no caso, as indústrias a automobilísticas, movimentavam os perfis de trabalhadores e que refletem diretamente na educação que preparava os cidadãos para o trabalho. Como um sistema de pirâmide e hierárquico os donos de fabricas são o ápice e a classe trabalhadora a mais baixa, sendo tratada como uma média onde eram cortadas todas formas de iniciativa e capacidade de evolução no trabalho. Contudo greves e manifestações eram um contratempo, assim a classe operaria que pensasse era um incomodo.
“Com uma estratégia similar acentua-se a divisão social e técnica do trabalho; só umas poucas pessoas, muito especializadas, chegam a compreender claramente todos os passos da produção de qualquer mercadoria, e o que a motiva. Por meio de uma sofisticação cada vez maior da tecnologia, por outro lado, as máquinas puderam começar a encarregar-se dos trabalhos mais especializados. Os operários e operárias geralmente tinham que atender apenas às atividades menos complexas, mais rotineiras e monótonas (Santomé, 98).”

            Se o conhecimento era limitado ou fragmentado, os donos de fabricas tinham em mãos a classe operaria, o controle era estabelecido, pois se possibilitava o conhecimento a poucos e se tinha aqueles que só reproduziam e obedeciam, se concretizando como peças não fundamentais e fáceis de serem descartadas se não cumprissem com seus deveres, então trazendo para nossa realidade escolar vemos que de certa maneira como o texto de SANTOMÉ (1998), a escola trai sua razão, pois não:

“preparar cidadãos e cidadãs para compreender, julgar e intervir em sua comunidade, de uma forma responsável, justa, solidária e democrática. Na medida em que também aqui tornava-se realidade a fragmentação dos conteúdos culturais e das tarefas, os estudantes se deparavam com obstáculos bastante intransponíveis para compreender o autêntico significado dos processos de ensino e aprendizagem. Assim, nas instituições de ensino produzia-se uma distorção semelhante à do mundo produtivo.

A escola acaba por educar alunos robôs e sistemáticos onde o ensino é bancário fazendo de nossos alunos indivíduos obsoletos em sua capacidade e potencial, assim educados a obedecer sem questionar, formando a mão de obra barata.
Na atualidade vejo que a escola segue em passos lentos em sua caminhada para uma formação de cidadãos pensantes que são capazes de perceber a democracia e direitos, pois ainda formamos muitos alunos que trabalharam no automático, apertando botões e sendo submissos a algumas ordens devido ao sistema que ainda privilegia os mais favorecidos onde a educação já não é mais tão fragmentada e desconectada.  Como educadora de escola pública o texto faz pensar que aluno estou formando? Será que estou possibilitando suas múltiplas possibilidades de conhecimento? Estou possibilitando que este aluno saiba como criar sua evolução? Ou estou simplesmente ensinando a obedecer às ordens e se portar em sociedade com seu conhecimento básico que é imposto por um currículo criado não democraticamente?
A educação como formadora tem um desafio muito grande de se reorganizar,   pensando em sua grade curricular e na formação de professores que possam trabalhar as interdisciplinas, e assim, flexibilizar a formação e como um todo possa pensar nas políticas dos governantes que possibilitem os professores e estudantes uma educação melhor, mas estamos diante de um nova base curricular a ser implantada que não nos transmite muita confiança ao futuro melhor com respeito pela democrática e direitos, mais que remete sim a uma velha forma de ensinar e obedecer o sistema capitalista que rege nosso país.


Referências:

SANTOMÉ, Jurjo Torres - GLOBALIZAÇÃO E INTERDISCIPLINARIDADE O Currículo Integrado – Artemed, 1998.
JAPIASSU, Hilton. A questão da interdisciplinaridade. Revista Paixão de Aprender. Secretaria Municipal de Educação, novembro, n°8, p. 48-55, 1994.)