quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Método Clinico - Certeza e Inseguranças - Relatos


Olá pessoal

Então, em um dos desafios deste VI semestre, foi realizarmos o Método Clinico de Jean Piaget...
Para quem nunca ouviu falar sobre isso, Pereira (2005) traz em seu texto a importância de tal descoberta de Piaget em seu método, citando o Livro do Pensamento e Linguagem (1934):


Piaget teve a descoberta de novos dados, uma mina de ouro, ao novo método introduzido por ele, o método clínico, cuja força e originalidade situam-se entre os melhores métodos de pesquisa psicológica e convertem-no em um elemento insubstituível para o estudo da mudança evolutiva das complexas formações do pensamento infantil. Este método proporciona uma unidade coerente a totalidade das pesquisas empíricas tão diversificadas de Piaget, reunidas em inscrições cheias de vida e pensamento das crianças. Vigostsky (1934 apud Delval 2002, p.73-74)


De acordo com Delval (2002) enquadrei minha aplicação da entrevista seguindo a referência da sua tabela, assim deu-se da seguinte forma. 
Minha entrevista clinica foi aberta, conversei com um grupo de alunos e permiti que estes pudessem explorar o material que disponibilizei à vontade, todos no grupo tinham a liberdade e seu espaço para colorarem suas respostas, confronta-las e também tempo para chegarem em um acordo ou divergência sem influência da aplicadora. Contudo como analisadora percebi como este tipo de entrevista pode trazer algumas informações, mas ao mesmo tempo, podem ocorrerem divergências em os pensamentos e fica bastante complicado analisar individualmente, sendo indicado uma entrevista mais estruturada. Analisando as respostas que obtive percebi que as respostas espontâneas consegui ver o conhecimento já adquirido sobre o perguntado  de cada aluno que fez questão de responder porque tinha certezas sobre a respostas, em outros momentos obtive respostas desencadeadas que por algum momento acabei sugerindo mas que no grupo de alunos causou um conjunto de pensamentos no grupo onde tiveram por organização deles que chegar ao um senso comum, já em outro momento percebi respostas sugeridas pois minhas perguntas por costume já respondiam minhas interrogativas, já as fabulas ocorreram porque em meio a rotina infantil a criança sempre acaba por trazer vivencias  ou mistura assuntos que ela acha que são importantes e sim onde tive que dar espaços para a verbalização mas que busquei o foco da entrevista novamente, fato este que não me surpreende por se tratar que realizar a entrevista com alunos da educação infantil e assim como já imaginava obtive resposta não importantes pois a concentração do grupo e a limitação das perguntas chegaram em um nível que ainda para alguns não chamava mais a atenção.

Como diz Delval (2002) “O mais importante na entrevista é ter objetivos precisos, relacionados a hipóteses sobre as respostas que os sujeitos darão”, ou como Delval apud Piaget (2002) diria “quem não busca nada não encontra nada”.

Nesta proposta realizada pela disciplina, me senti desafiada, e dentro de toda a atividade só percebi que em minha analise como a realização de tal tarefa é primordial para sentirmos como é realmente fazer e sentir a prática nas mãos e a primeira vez a insegurança tomou em alguns momentos e o fechamento foi desanimador pelo fato do desinteresse que ocorreu. É frustante por vezes perceber como instrumentos que ainda não usamos podem ser muito validos mas que exigem uma habilidade e dedicação ainda não completos em minha formação, contudo é sempre bom saber que não somos detentores de saberes e sempre terá algo a ser aprendido.

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